Síntese do "PI em Questão" - Design e Registro de Desenho Industrial: Diferenciação para competitividade



    No último dia 18/07, o Observatório de Sinais Distintivos em PI e Estudos Transdisciplinares (OSTRA) junto à Academia de Propriedade Intelectual, Inovação e Desenvolvimento do INPI, realizou mais uma edição do “PI EM QUESTÃO”.



       O economista Job Teixeira, gerente de estudos setoriais do Departamento de Bens de Consumo, Comércio e Serviços da área industrial do BNDES, iniciou sua fala abordando a temática da inovação, na área econômica, por meio de investimentos em Design enquanto valor estratégico. Pôde relatar visita à empresas e estudo particular, com dados da economia brasileira, destacando o crescimento do setor sob o ponto de vista da produtividade e competitividade. Informou sobre a indústria, primeiramente, muito concentrada em grandes empresas e que de um modo geral, estas são bem mais produtivas e centralizadas na região sul e sudeste; trouxe considerações acerca da investigação sobre registro de desenho industrial para empresas maiores e menos para empresas menores, pois estas, ainda, não tem a consciência da importância para a proteção e finalizou dizendo que investir em Design é importante em alguns setores, sinalizando que as empresas precisam entrar nos padrões e desenvolver inteligências como agregação de valor e novas estratégias para se alinharem ao mundo moderno. 




       Hugo Galindo, designer e sócio - diretor da Zerezes, marca de óculos de sol e de grau, contribuiu detalhando a trajetória do início da empresa, onde quatro amigos do curso de graduação em Design Industrial da PUC-Rio, resolveram se unir para empreender. O empresário destacou que seus produtos, oriundos de resíduos de madeira, detém a função de expressão e de pertencimento ao usuário, além da funcionalidade; retratou que a marca, atualmente consolidada, foca no trabalho de curadoria, storytelling, prolongamento do tempo de vida útil com princípios da economia circular e, também, na ênfase dos personagens que fabricam as peças (responsabilidade com as pessoas). Caracteriza a empresa como “do bem” para os colaboradores e meio ambiente, pois integra o movimento Benefit Corporation. A fim da conquista, futura, da certificação de Empresa B, finaliza com a visão de velocidade, nova maneira de se pensar produtos, negócios, sustentabilidade e ser inspirador.



      A examinadora de Desenhos Industriais do INPI, doutoranda em Design na Escola Superior de Desenho Industrial e pesquisadora adjunta no grupo de pesquisa - OSTRA, citou a indústria de móveis no carácter da diferenciação e inovação no Design Brasileiro. Explicou o registro do Desenho Industrial, especialmente dados do setor moveleiro nacional; pedidos depositados, no ano de 2017 por principais classes, número de exportações e parâmetros econômicos trazidos pelo INPI e BNDES. Na palestra abordou a história do Design de Móveis no Brasil, observando peças icônicas que representam movimentos clássicos e contemporâneos, alterando toda uma lógica de produção. Destacou, também, o artigo 95 com sua função dentro do INPI e os critérios para concessão de pedidos como: procedimento com todas as imagens, forma, novidade e originalidade à partir de elementos conhecidos.



Ao final das palestras, ocorreu um rico debate acerca da temática abordada e experiências citadas.


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